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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Poema - O poema quando terminado...


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Por onde andará


O poema quando terminado
Torna todo poeta um deserdado
É como uma parte do corpo perdida
Uma ausência pelo poeta sentida


A sorte do poema o poeta ignora
Será lido? Apreciado? Esquecido?
Que lhe vale saber de sua sorte agora
Se o poema pronto é como um falecido?

Cada poema é como um rebento
Que se cria e ao mundo se dá
Sem que se saiba por onde andará

O filho, entanto, pode a casa retornar
O poema como um cão ao relento
Como saber que destino terá?

(BAR)



       

O poema quando nascido
Torna o poeta mais vivo
É como se parte da alma consumida
Ardesse e clamasse ser ouvida

A sorte do poeta o poema ignora
Serei emoção? Angústia? Libido
Que vale saber a sorte do poeta?
Se é o poema que anseia ser escrito?

Cada poeta é como um servo
Que à mesma arte se impele a se curvar
Sem que se importe por onde andará

O pai, portanto, arte produzirá
O poeta, obediente rebento
Como saber que destino terá?

(Angel Abdon)
                                                                               

Agradeço à amiga Angélica esse intertexto poético, sinal de nossa reciprocidade lírica.