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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Poema antigo






Infelicidade

Esta infelicidade rasga-me as pálpebras
Ácida! Morde-me as maçãs do rosto
Lança-me ao leito em lancinante desgosto
Sorvido no ventre das noites álgicas

Amor ficcional no coração liliputiano
Trama, urdidura de angústia das virgens vestais
Enredos me tramam o dissabor Danteano
Morre-me o fogo de Héstia em suspiros matinais

Abandonado ao colo de sono abissal
Beijo os lábios de imagens lascivas
E na minha alma doces estigmas

Supurados em ardência e anseio
Legam-me das auroras as apatias
No túmulo pulsante de meu peito.


(BAR)