Infelicidade
Esta
infelicidade rasga-me as pálpebras
Ácida!
Morde-me as maçãs do rosto
Lança-me ao
leito em lancinante desgosto
Sorvido no
ventre das noites álgicas
Amor
ficcional no coração liliputiano
Trama,
urdidura de angústia das virgens vestais
Enredos me
tramam o dissabor Danteano
Morre-me o
fogo de Héstia em suspiros matinais
Abandonado
ao colo de sono abissal
Beijo os
lábios de imagens lascivas
E na minha alma
doces estigmas
Supurados
em ardência e anseio
Legam-me das
auroras as apatias
No túmulo pulsante
de meu peito.
(BAR)