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domingo, 30 de outubro de 2011

"Uma gota de delicadeza, ao cair-me na alma, inunda-me: a isso chamo inspiração" (BAR)


Você vive a conservar seu coração na pureza e destina-o a umas poucas pessoas, mas que lhe eram caras... e de repente, você descobre por circunstâncias insuspeitáveis que essa pureza estava destinada a uma única apenas, que lhe posou na vida, como uma bela borboleta que lhe pousa fortuitamente na ponta do dedo (ou talvez lhe tenha sido soprada por ventos cuja origem somente seu coração conhece) e, de repente, assombrado, você desperta para a delicadeza, e o cuidado (um gesto brusco poderia afugentá-la). A pureza do coração é esse sentimento de que as coisas belas e frágeis da vida têm uma força tão penetrante na alma, tão extasiante no coração, que nos exigem delicadeza e cuidado, para que elas permaneçam sempre em nossa vida, quer junto a nós, quer em nossa memória. O coração, quando é puro, se contenta com a delicadeza, com o toque que não marca, que não viola, que deseja sem apegar-se... A borboleta, com seu voo gracioso, pousada na ponta do dedo, haverá de seguir seu destino, voará ao infinito que escapa aos seus olhos e você sabe disso, mas não ousa aprisioná-la, apenas se encanta com o instante em que ela está ali pousada, exibindo suas cores e sua graciosidade. A delicadeza está aí onde ao coração puro basta apenas contemplar, sem mais nada desejar.
                                                                         (BAR)