Amor sob a lua
Deitemos, os corações colididos,
Teus seios aos meus, unidos,
Disseste-me: “Sou Tua”,
arquejando
Eu disse: “Sou teu”, te Amando!
Deitados, em pleno gozo, a pele
em flor!
Tu suspiravas de amor!
A face rósea, as mãos suando, te
erguias
P’ra ver quão linda lua: Tu lhe
sorrias!
Do corpo a alma tua fugia,
Ao encontro da lua, que descobria
A ti, sob o lençol, Delirando!
Oh! Amor! A lua fugidia,
Por entre as nuvens negras se
escondia,
P’ra não ver tua boca a minha
beijando!
(BAR)
Carência
A carência
que eu hospedo na alma
Dorme-me
tão serenamente
Que
acordá-la de manhã me dói
Deixo então
que fique acomodada
E que se
arraste levando-me junto
Pra onde
quer que haja um conforto
Longe de
seu colo, de seu corpo
E quando o
cotidiano me afronta
As mesmas
horas, o sempre que se repete
Repete,
repete, e repetem as horas de sempre
Sempre a
carência assim permanece, ressonando
Dando-me ao
coração o gosto da dúvida
Necessário
aos homens sensatos
Será ela a
de que não me verei separado?
(BAR)
Inefável
Não te compararei às rosas
Tampouco às flores
Que diante de ti perdem as pétalas
Também não evocarei a Lua cintilante
Nem exortarei os Anjos dos amantes
A que te venham adular
Direi apenas que Te Amo
E que meu AMOR nem céu abriga
Direi que Te quero simplesmente
Quero mais e mais de manhã
De tarde, de noite, de dia
Direi apenas que te espero
Que anseio por tua companhia
Ainda mais direi apenas
Que és tão bela e tua doçura
Tão inefável e inacessível
A mil poemas!
(BAR)